Regional Geographic

Cá por casa gostamos de viver em comunidade. Na verdade vivemos numa espécie de Kibutz onde só falta a minha irmã do meio. E somos uma franja da sociedade bastante integrante onde para além do rei dos animais, o homem, fazemos vida com várias outras espécies. Temos cães, gatos, pássaros, tartarugas, galinhas, formigas, vespas, moscas e mosquitos. Não tem havido problemas. Até hoje.

O membro mais recente da família é uma felina, de seu nome Jessie. Uma gata cinzenta, toda gira, que gosta de estar na dela e não faz mal a uma mosca, já que foi alertada para o nosso sistema comunitário. Apenas por uma vez atacou uma borboleta quando ainda se estava a habituar às novas regras. Apesar de já termos felinos, nunca foram animais exclusivos de casa. Eram (e são) altamente independentes e na maior parte dos casos só regressam à base para se alimentarem. É assim como o governo que só se lembra de nós na hora de comer.

A Jessie é pois o primeiro membro em regime de internato full-time. Só que as gatas têm uma particularidade que os restantes membros do nosso Kibutz não têm: o cio. Há dois dias que não sei o que é dormir em períodos superiores a 15 minutos. O bicho passa a noite a raspar nas portas e a chiar de tal forma que já lhe pus óleo lubrificante. Não resultou. Tenho umas olheiras mais pronunciadas que o Mário Soares. Esta é a caracteristicas mais negativa do animal. Por outro lado, vendo a coisa pela positiva, não me pica nem me zoa nas orelhas como fazem as camaradas melgas, esquecidas no primeiro parágrafo, mas nunca nas noites de verão.

Se algum biólogo ou um especialista em modificação genética me estiver a ler gostava que respondesse à seguinte questão: Haverá alguma possibilidade, mesmo que retoma, de pôr as tartarugas com o cio e a gata a hibernar?

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