Estórias da radio

Sou um consumidor feroz da TSF. Oiço em directo, oiço em diferido (via podcasts), leio online. É a rádio que me mantém informado sobre o que me interessa e que me apresenta conteúdos que me agradam. Posso dizer-vos que é graças a ela que sou poupado ao sensacionalismo, à auto destruição e ao negativismo, transversais aos telejornais de todas as televisões generalistas nacionais. Ela filtra a minha informação e com isso evito ver o que não quero.

Hoje, no meu trajecto até ao trabalho, estava no ar a edição do Livro do Dia, do Carlos Vaz Marques de quem sou fã desde antes (muito antes), do Governo Sombra, agora na moda por causa do formato televisivo. Bem antes disso, já o Pessoal e Transmissível, me tinha apresentado o jornalista. O livro de hoje, da editora A Esfera do Livros, tem por título, Grandes Naufrágios Portugueses, deixou-me imediatamente apreensivo. Porquê? Então não leram o que escrevi algumas linhas atrás? Não vos disse eu que não tenho grande pachorra para histórias de tristezas atrás de tristezas? Pois disse! Estava já preparado para ouvir uma sinopse do naufrágio do BPN, do afundanço do euro, do rombo irreparável que o país tem no casco, da submersão a pique das promessas feitas por quem nos governa, entre outras narrativas e narrações de naufrágios recentes e não tão recentes.

Mas afinal é um livro sobre barcos. Ouvi até ao fim e segui viagem mais descansado, com um reforço de confiança na radio que nunca me deixa ficar mal.

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