É uma questão de fazer as contas
(A expressão que dá título à entrada é da autoria deste senhor, que anda lá fora a lutar pela vida)
Começo a ficar cansado de ter de
pedir desculpa cada vez que aqui venho, mas quando é legítimo é legítimo e
ponto final. Por conseguinte começo por aí e fica já o caso arrumado:
Peço desculpa pela minha falta de assiduidade, mas _______________________________
(e aqui colocam o que acharem mais conveniente).
Aproveitei para fazer uma pequena
pausa na minha luta diária, porque me apetece desabafar convosco, fiéis seguidores.
Que não é fácil agradar a todos já não é novo e nem adianta querer tirar algo mais disso, mas que também não é fácil fazer perceber o quão difícil certas coisas são de fazer também é verdade.
Que não é fácil agradar a todos já não é novo e nem adianta querer tirar algo mais disso, mas que também não é fácil fazer perceber o quão difícil certas coisas são de fazer também é verdade.
Por alguns momentos imaginem e
reflictam sobre a seguinte situação:
Executam um trabalho pelo qual
recebem uma determinada soma previamente acordada. Com o decorrer do tempo as
coisas vão fluindo, mas como o trabalho se adensa, vocês chegam à conclusão que
aquilo a que se propuseram não é exequível por uma série de parâmetros que
(ainda) não interessa determinar por esta altura. Mesmo assim seguem com a
tarefa e tentam que fique o melhor possível, porque têm brio no que fazem.
Agora vem a pergunta do milhão de dólares:
Não ficam frustrados e até com um
pouco de mau perder quando aquilo que fizeram não é reconhecido como sendo
válido?
Aquele rapaz lá do fundo está a
dizer que se acordei uma coisa e dei outra tenho que sofrer as consequências.
Tem razão sim senhor. E como eu procuro ser sensato vou aceitá-las, venham elas
de onde vierem e de que forma possam tomar.
Mas a minha sensatez também me
leva a contrapor e sou forçado a defender a honra como nos tempos antigos:
- Ó jovem! E se eu te disser que
esse trabalho me rende um valor por cabeça compreendido entre os 20 e os 30
ganços???
Ao que o jovem responde:
- Azarito. O que está combinado
está combinado. Deverias ter pensado melhor nisso.
O gajo apanhou-me outra vez, pá!
Quem é que o chamou para me ouvir em desabafos?
Volto à carga e respondo assim:
- Certo. Mas então vamos lá por a
coisa em pé (calma que não é nada disso) e imaginemos o seguinte cenário: vocês
aceitariam trabalhar por, digamos 3€ à hora?... Aaaahh, todos estão a de acordo
que não! Então adiante… Ainda assim imaginem que eu, como sou um bacano, apenas
levo pelo meu trabalho esses 3 euros por hora. O trabalho de que vos falei
atrás demora em média entre captação de imagem e edição da mesma entre 8 a 9
horas (podendo ser até mais extenso, dependendo muito do que há para editar).
Nele terei de incluir despesas de deslocação, como combustível e desgaste da
minha viatura. Terei igualmente de meter no bolo material de suporte físico
(DVD, labels, capas) e electricidade.
Sei que não conseguem quantificar
em valores determinadas variantes, mas outras sim e por agora já podem fazer
uma soma. Agora multipliquem essa soma por 12 (o número de trabalhos executados) e vejam o resultado final.
Ainda se lembram quanto é que vos
disse que cobrei por cabeça?...
Até um dia destes, caros amigos.
Obrigado por me deixarem ter este desabafo.
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