Heróis, mas pouco

O desporto ocupa uma fatia considerável da minha vida. Ao contrário do que se possa pensar eu quando digo a palavra “desporto” estou mesmo a querer dizer desporto e não futebol. Se quiser falar de futebol utilizo outros termos, como por exemplo... Futebol. Vou dar-vos uma imagem disso: de momento não tenho ChuloTV (também conhecida por Sport TV), mas se estiver sentado em frente ao televisor, e sozinho, o mais certo é estar sintonizado na EuroSport. Posso nem estar a ligar muito, mas de certeza que estou a ver aquelas modalidades que mais ninguém vê, desde o Snooker, aos campeonatos de Matraquilhos, passando pelo Curling e pelo Bowls. Com toda esta retórica já consegui vincar bem a minha condição de amante do desporto, não?

Assim sendo estou perfeitamente habilitado até para dizer mal. E é exactamente esse o motivo que me traz aqui hoje. Ando a perder aquela alegria que certos desportos e certas personalidades do desporto me têm proporcionado. E nem estou a fazer uma retrospectiva a tempos remotos. Falo de coisas que estão a acontecer.

A primeira facada nas costas é-me espetada por Lance Armstrong. Eu, que nem sou dos maiores fãs do ciclismo, era tão viciado em Armstrong, como Armstrong em substâncias dopantes! Doeu ter que abdicar daquela figura de superatleta que tinha criado em relação a ele. E eu tinha os meus motivos. É claro que aquele gajo poderia conquistar 7 voltas à França! Até mais se ele quisesse! O gajo era bom! Um gajo que, como ele, é feio como um comboio e saca a Sheryl Crow, é capaz de fazer qualquer outra coisa sobre-humana!

... E agora este Oscar Pistorius. Filho de uma grande mãe! Este era outro que me fazia crer que basta acreditar e trabalhar no duro, para se estar no topo daquilo a que nos propomos. Eu, um céptico nato! Numa África do Sul de paradoxos, mas igualmente de figuras emblemáticas, a história de Pistorius cheirava mesmo a outro Invictus. De repente... Bum, bum, bum, bum! Quatro balázios numa loira top model e bye bye Blockbuster. Até perdi a vontade de fazer a piada sobre uma relação que não tinha pernas para andar.

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