Hoje é um dia estranho




O meu filho resolveu deixar o futebol e sei que vai-me fazer mais falta a mim do que a ele. Na verdade não vai ser do futebol que sentirei falta. Nunca quis que isso fosse a prioridade dele, mas que fosse um complemento desportivo e até social na sua vida. A ilusão de uma reforma dourada às custas da bola, por via do meu filho, nunca esteve nos meus horizontes.

Mas vou sentir muitas saudades do convívio que mantinha há 7 anos com a grande maioria das pessoas, miúdos e graúdos. Aos primeiros vi-os crescer e até ganhar pelos na cara. Aos segundos... Bom a esses vi-os perder pelos na cabeça. Uns foram outros vieram, mas sempre se viveu um espirito saudável e de comunhão entre as partes. Poucas chatices e muitas boas histórias foram vividas.

Não vou transformar este apontamento em algo de muito emocional. Era fácil ir por aí, tantas são as experiências que me emocionam neste percurso. Prefiro tão somente tornar o relato em algo mais factual, como uma nota de rodapé para um período no tempo.

Nem sei se isto é definitivo ou efêmero. Pode muito bem ser um pousio. Na dúvida guardo o clichê "pode não ser um adeus, mas um até já", para usar em outra ocasião.

A tristeza que me causa esta decisão é infinitamente superada pela alegria que sinto por ver que nas grandes decisões, aquelas que moldam o nosso futuro, as coisas se encaminham de uma forma surpreendentemente positiva. Prefiro orgulhar-me das notas escolares que chorar a falta dos pontapés na bola.

Deixo aqui um "cheirinho" de como tudo começou.



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